Irmãs Missionárias da Sociedade de Maria

 

As Irmãs Missionárias da Sociedade de Maria (Missionary Sisters of the Society of Mary – SMSM) não têm fundador ou fundadora, mas um corajoso grupo de 11 mulheres nas origens de sua vocação, chamadas de “pioneiras”.

Entretanto, nenhuma delas pode ser considerada fundadora. Entre 1845 e 1860, deixaram sua terra natal na França para ir à Oceania. “difundir o Reino de Jesus Cristo e tornar Maria conhecida até os confins da Terra” (Const. 2).

Quando foi reconhecida como Congregação, em 1836, a Sociedade de Maria assumiu a responsabilidade de evangelizar as ilhas da Oceania e quatro Padres Maristas partiram em direção ao Pacífico. Alguns anos após o martírio de São Pedro Chanel, Padre Marista, em 1841, o povo da Ilha de Futuna converteu-se ao catolicismo. Foi uma carta, enviada por duas mulheres da Ilha de Wallis, pedindo que alguém viesse ajudá-las a tornarem-se cristãs, que inspirou a primeira pioneira, Marie Françoise Perroton, a deixar a França rumo ao Pacífico.

Ao subir a bordo de um navio mercante rumo às ilhas do Pacífico, Maria Francisca Perroton atendia ao desejo de ser missionária, pertencer à Sociedade de Maria e abraçar a vida religiosa consagrada. Maria Francisca chegou à Ilha de Wallis em 1846 e ali permaneceu alguns anos, antes de se transferir para outra ilha próxima, a fim de continuar seu trabalho apostólico. Após 12 anos na Oceania, chegaram da França outras mulheres. Entre 1857 e 1860, dez outras missionárias uniram-se a Maria Francisca em Wallis, Futuna, Nova Caledônia e Samoa. Essas 11 mulheres, Irmãs Pioneiras, estão nas origens das Irmãs Missionárias da Sociedade de Maria. E, embora fossem Leigas, seu anseio de ser missionárias, Maristas e religiosas consagradas nunca esmoreceu.

Elas entenderam sua vocação, sendo missionárias ad extra, vivendo segundo o Espírito de Maria e com o desejo de serem religiosas consagradas. Essa qualificação significa “ser, ao mesmo tempo, Missionárias, Maristas e Religiosas”. (Const 5)

As Irmãs faziam um voto de obediência ao Bispo de seu Vicariato e viviam de acordo com o regulamento escrito pelos Padres Maristas.

As primeiras vocações

Desde os primeiros tempos, juntaram-se a elas também algumas jovens da Oceania, as quais, “ao verem seu estilo de vida, desejaram entregar suas vidas a Deus a serviço da missão” (Const. 11).

Nas ilhas, as Irmãs anunciavam a Boa-Nova da salvação, especialmente por meio da educação cristã de mulheres e crianças; cuidavam dos doentes e ministravam catequese. Sua vocação era totalmente apostólica, vivendo em estreito contato com o povo.

A aprovação pontifícia da Congregação

Nos estágios iniciais de seu desenvolvimento, foram membros da Ordem Terceira de Maria, até chegarem a ser uma congregação religiosa. Em 30 de dezembro de 1931, a esse ramo da Sociedade de Maria foi dado o nome de Irmãs Missionárias da Sociedade de Maria, reconhecido como Instituto de Direito Pontifício.

Irmãs Missionárias da Sociedade de Maria (SMSM) e a Missão Universal

Abertas à missão universal, respondem aos apelos da Igreja, além do Pacífico: Caribe, África, América Latina, Ásia, Europa e Estados Unidos.

A vocação e o carisma

Enquanto missionárias, “estamos dispostas a deixar nosso próprio país, para sair ou voltar a sair para outros povos, outras culturas, na certeza de que o Espírito nos precede” (Const. 17). As missionárias declaram, ainda,  ser “enviadas para aqueles que não conhecem a Cristo, para aqueles que estão caminhando na direção Dele, ou para igrejas locais que precisam de ajuda missionária” (Const. 17).

Ser Irmã Missionária da Sociedade de Maria requer, também, ser Marista, ou seja, ser inspirada pela maneira de ser de Maria – a serviço da evangelização (Const. 20). Contemplar Maria, especialmente, em sua vida simples e de serviço amoroso em Nazaré, em sua presença e apoio na Igreja nascente, para estar presente para os outros, nos tempos atuais, como Maria estava no seu, incentivando-os a viver uma vida de fidelidade a Cristo e ao Evangelho.

As SMSM são membros da Família Marista, juntamente com os Padres Maristas (SM), os Irmãos Maristas (FMS), as Irmãs Maristas (SM) e os Leigos Maristas.

Finalmente, as missionárias Maristas são também religiosas, ou seja: “Reunidas por Ele e para Ele numa só e mesma família sob o nome de Maria para participar de sua missão” (Const. 152).

Tendo como lema “Para a glória de Deus e honra de Maria”, em comunidades internacionais, vivem e rezam juntas, testemunham que o amor de Deus as une. Sua consagração religiosa se expressa por meio dos três votos: castidade, pobreza e obediência.

Atualmente, as SMSM estão comprometidas no serviço missionário em 25 países diferentes e são mais de 500 Irmãs de diferentes nacionalidades. São enviadas a comunidades muito particulares. Consagradas para as missões, elas escolhem ser laço de união onde a violência, a miséria e o rechaço dos outros são o quinhão de cada dia. Por meio de sua entrega profissional ou caritativa aos enfermos, às mulheres, às crianças e aos jovens, mas, sobretudo, por sua vida achegada ao povo, elas procuram testemunhar a ternura e a misericórdia de Deus.

Chamado

Sentir-se chamada para o modo de vida e a missão das Irmãs Missionárias da Sociedade de Maria é despertar a opção vocacional que leva a jovem, inspirada em Maria, a Boa Mãe, como dizia Marcelino Champagnat, a assumir-se como sujeito histórico e a se comprometer com os outros na construção de um mundo mais justo, mais fraterno e digno. Entre no site das Irmãs Missionárias da Sociedade de Maria (www.smsmsisters.org) e conheça um pouco da obra.

 

___ Texto retirado integralmente do livro FAMÍLIA MARISTA: presença e missão no mundo. Organizado pela Família Marista, representa por:

 

Pe. Alejandro Muñoz,   PADRES MARISTAS

 Ir. Apolina Ikauno,  IRMÃS MISSIONÁRIAS DA SOCIEDADE DE MARIA

Ir. Bridget Brady, IRMÃS MARISTAS

Ir. João Carlos do Prado, IRMÃOS MARISTAS