Irmãs Maristas
Maristas religiosas chamadas a confiar como Maria, em Caná, permitindo que seus frascos estejam cheios, e transformados pelo amor de Deus para tornar-se vinho novo e atender a essas pessoas que têm sede de sentido em suas vidas, para trazer esperança e alegria para nosso mundo.
A Congregação de Maria, Irmãs Maristas, é uma congregação apostólica de direito pontifício.
Jeanne Marie Chavoin é a fundadora, que nasceu em 29 de agosto 1786 em Coutouvre França e morreu no dia 29 de junho 1858, com estas palavras nos lábios:
“Olha, menina, ela é sua mãe, você deve prometer uma fidelidade inviolável. O único desejo das Irmãs Maristas deve ser, parecer pequena a família em Nazaré, lá elas vão encontrar os modelos perfeitos de simplicidade, pobreza e amor ao trabalho. “
Um pouco de história
Joana Maria Chavoin nasceu em uma vila francesa chamada Coutouvre, no noroeste de Lyon, em 29 de agosto de 1786. Seus pais, Theodore e Jeanne Chavoin, foram fiéis à fé católica durante o tempo de perseguição, por ocasião da Revolução Francesa, e eram conhecidos por cuidar dos necessitados, sobretudo os rejeitados pela sociedade. Joana Maria passou 30 anos de sua vida em Coutuvre. Foi educada na escola da vila por seus pais e por um padre que a família Chavoin estava abrigando naquele tempo. Maria Jotillon, quatro anos mais nova que ela, era sua amiga próxima, com quem dividia semanalmente suas alegrias espirituais e as questões de fé, partilhando sobre a busca da vontade de Deus em suas vidas.
Elas eram membros da Associação do Amor Divino e devotaram seu tempo à oração pessoal e comunitária, à visita aos enfermos, à ajuda aos pobres e ao ensino de catecismo para as crianças da vila. Joana Maria cresceu numa atmosfera de fé e desenvolveu uma “santidade escondida”
Um tempo de discernimento
Levou muitos anos para que Joana Maria Chavoin descobrisse a vontade de Deus em sua vida, soubesse para que Ele a estava chamando. Não resta dúvida de que à medida que ia fazendo as tarefas, talvez até tirando água do poço que havia atrás de sua casa, ela ia ponderando o futuro – para onde Deus a estava guiando?
Ela e sua amiga, Maria, buscavam a resposta, rezando honestamente por iluminação. Quando aconselhada a unir-se a alguma congregação – Beneditinas, Carmelitas ou uma ordem diocesana –, Joana Maria replicou: “Não, meu Senhor! Eu vou permanecer em casa com meus pais até que Deus manifeste a sua vontade para mim.”
Então, um dia, chegou uma carta do Pe. Pedro Colin, que passara quatro anos em Coutouvre e conhecia Joana Maria. Na carta, relatava que seu irmão João Claudio estava tentando fundar uma Sociedade em nome de Maria e ele a queria para ajudá-los na fundação do ramo feminino. Pedro convidou-a para ir a Cerdon para servir como governanta da casa; ela refletiu sobre essa proposta e decidiu experimentá-la.
Os primeiros anos em Cerdon
Ela foi pra Cerdon em 1817, quando os irmãos Colin compartilharam muitos de seus pensamentos e planos com ela, incentivando-a a tornar-se parte de seu projeto. Uma vez, quando os Padres receberam resposta desanimadora de um Bispo, ela sugeriu que os três fossem rezar ao pé do tabernáculo da Igreja. Depois de rezar por uma hora ou mais, ela relatou, falando dessa experiência: “Saímos de lá com uma sensação de paz e contentamento”. E, além disso, escreveu: “esses eram nossos melhores momentos”
Então, em 1823, uma nova diocese foi estabelecida e um novo bispo de Belley, Dom Devie, deu permissão para que o ramo feminino da Sociedade de Maria começasse, sob a autoridade e direção dos Padres Colin, pároco e vigário da paróquia de Cerdon, denominada Congregação das Filhas de Maria. Assim, as duas amigas ao longo da vida em Coutouvre, Joana Maria Chavoin e Maria Jotillon, passaram a viver em comunidade no dia 8 de setembro daquele ano.
Em seis meses, outras dez jovens juntaram-se a elas, mulheres atraídas pela alegria e pelo estilo de vida simples, pela vida de oração e atenção aos pobres e necessitados de Joana Maria e Maria Jotillon. Como meio de se sustentarem, elas fizeram alguns trabalhos de costura e ensinaram essa habilidade para algumas jovens.
No dia 8 de dezembro de 1824, os moradores lotaram a Igreja paroquial em Cerdon para testemunhar a primeira cerimônia oficial da Sociedade de Maria. Três futuros padres maristas estavam presentes: Pe João Claudio Colin, Pe Pedro Colin e Pe Etienne Declas. Nove jovens foram recebidas na Congregação de Maria e Joana Maria foi escolhida como sua líder, recebendo o nome de Madre São José.
Elas se consagraram a Maria, a quem consideravam como sua primeira e Perpétua Superiora. Madre São José é sua fundadora e Pe. João Cláudio Colin, que escreveu seu primeiro regulamento, é considerado cofundador.
Novos horizontes
Por volta de junho de 1825, surgiu uma oportunidade de as Irmãs se mudarem para Belley, para onde João Claudio Colin também tinha ido. O Bispo deu-lhes uma casa maior e lá havia melhores possibilidades de crescimento como Congregação. Em 1838, elas foram estabelecidas em Belley, sendo 44 irmãs, que procediam de Cerdon e arredores de Belley, onde Joana Maria tinha vivido. O ministério de ensino catequético era uma das atividades das Irmãs Maristas, e elas recrutavam jovens para a Congregação. Marcelino Champagnat, amigo próximo de Joana Maria e Fundador dos Irmãos Maristas, também recrutou jovens para a Congregação.
Joana Maria Chavoin, ou Madre São José, foi Superiora-Geral da nova Congregação até 1853, quando renunciou. Com 69 anos, deu início a uma nova obra em Jarnosse, uma aldeia abandonada e extremamente pobre. Pôde então assumir o tipo ativo e engajado de vida religiosa que sempre desejou para suas Irmãs. Morreu em Jarnosse, em 30 de junho de 1858, aos 71 anos de idade.
Presença e missão hoje
Ao longo dos anos, a Congregação continuou a crescer e espalhou-se para outras partes do mundo. Está presente em 15 países, tendo mais de 400 irmãs ministrando nas áreas de educação, trabalhos sociais, saúde, preparação de Ministérios Leigos na Igreja, e e respondendo ao chamado onde as necessidades são maiores.
Imitando sua fundadora, vão aos outros, “do jeito de Maria”. A presença de Maria entre os Apóstolos não dita os conteúdos nem os métodos a utilizar para anunciar Jesus. Ela inspira um espírito de respeito para com todos, daquilo que o Espírito faz em cada um.
Convite
Ser uma Irmã Marista é ser presença de Maria no mundo, compartilhando da missão de Jesus Cristo, especialmente com os mais pobres. Decidir fazer parte desse ramo da Família Marista pode fazer diferença de amor na vida de muitas pessoas e, certamente, fará diferença na própria vida. Irmã Silvia Sanz (2013) escreveu: “Quem são essas mulheres misericordiosas presentes na Igreja de modo discreto, empenhadas na formação de lideranças e que, numa “escondida eficácia”, são sinal de transformação e união nas comunidades”. E, mais adiante, respondeu serem mulheres que “sonham e querem ser como Maria, aquela mulher que foi toda de Deus, toda para seu Filho e toda pelo Espírito Santo”. Seja você também uma Irmã Marista com esse ideal.
___ Texto retirado integralmente do livro FAMÍLIA MARISTA: presença e missão no mundo. Organizado pela Família Marista, representa por:
Pe. Alejandro Muñoz, PADRES MARISTAS
Ir. Apolina Ikauno, IRMÃS MISSIONÁRIAS DA SOCIEDADE DE MARIA
Ir. Bridget Brady, IRMÃS MARISTAS
Ir. João Carlos do Prado, IRMÃOS MARISTAS