SÃO PEDRO CHANEL, SM MÁRTIR
No dia 28 de Abril a Igreja celebra a memória de São Pedro Chanel,
mártir, religioso, presbítero, missionário da Sociedade de Maria (Padres Maristas), congregação de padres e irmãos.
Pedro Chanel nasceu numa aldeia chamada La Potière, num pequeno povoado chamado Cuet. Pedro Chanel, o quinto de oito filhos, nasceu no dia 12 de julho de 1803 e sofreu o martírio na Ilha de Futuna, no Pacífico (ilhas da Oceania), no dia 28 de Abril de 1841.
Segue abaixo relato do martírio de São Pedro Chanel
Elogio de São Pedro Chanel, presbítero e mártir
“O sangue dos mártires é semente de cristão.”
Pedro, tão logo entrou para a vida religiosa na Sociedade de Maria, foi a seu pedido enviado para as missões da Oceânia; aportou na ilha de Futuna, no Oceano Pacífico, onde ainda não tinha sido anunciado o nome de Cristo. Um religioso leigo, que sempre o acompanhava, assim descreveu a sua vida missionária:
“Depois dos seus trabalhos, voltava para casa enfraquecido pela fome, banhado em suor e morto de cansaço, mas sempre animado, disposto e alegre, como se voltasse de um lugar de delícias; e isto não era de vez em quando, mas quase diariamente.
Não costumava negar coisa alguma aos habitantes de Futuna, nem mesmo àqueles que o perseguiam. Sempre os desculpava e nunca os repelia, por mais rudes e importunos que fossem. Tratava a todos com extraordinária amabilidade, que manifestava de diversos modos, sem excetuar ninguém”.
Não é de admirar que os indígenas o chamassem “homem de grande coração”, àquele que certa vez dissera a um confrade seu: “Em missão tão difícil, é preciso que sejamos santos”.
Pouco a pouco foi anunciando o evangelho de Cristo, mas recolhia frutos minguados. Apesar disso, continuava com invencível coragem seu trabalho missionário, ao mesmo tempo religioso e humanitário. Apoiava-se no exemplo e nas palavras de Cristo: Um é o que semeia e outro o que colhe (Jo 4,37). E pedia com insistência o amparo da Mãe de Deus, por quem tinha particular devoção.
Na sua pregação da religião cristã, Pedro destruiu o culto dos maus espíritos, alimentado pelos chefes de Futuna para conservar o povo sob seu domínio. Por esse motivo assassinaram-no cruelmente, na esperança de fazerem desaparecer com sua morte as sementes do cristianismo que plantara naquela terra.
Mas, na véspera do martírio, ele próprio afirmou: “Minha morte não tem importância; o cristianismo está tão arraigado nesta ilha, que não será arrancado com minha morte”.
O sangue do mártir frutificou primeiramente nos próprios habitantes de Futuna, que, poucos anos depois, abraçaram todos a fé em Cristo; mas frutificou também nas outras ilhas da Oceânia, onde existem florescentes Igrejas cristãs, que consideram e invocam Pedro como seu primeiro mártir.
relato do martírio retirado da Liturgia das horas (Ofício das Leituras)